domingo, 9 de agosto de 2009

MANUEL FERNANDO GONÇALVES

FIM DO FIM


Fim de um ciclo.
Ainda ontem
passeavas na Cedofeita, ao pé
do futuro e da turbulência.
Hoje falas com se, ao telefone,
fosse outra vez a mesma voz
e a ausência se resolvesse
com o breve, nervoso gargalhar,
o disfarce da respiração suspensa,
o rubor de seres outra pessoa.
A memória é uma bela plasticina!


Fechamos a Alma, ao Fim da Tarde, com Estrondo e Animação, & etc, Lisboa, 2007.