quinta-feira, 14 de agosto de 2008

JOSÉ MÁRIO SILVA

CREPÚSCULO


A oliveira cresce de encontro ao céu,
com a luz dourada entre os ramos.
Há um perfume de rosas murchas,
o som do mar lá muito ao longe.
Calam-se por fim os ecos, as coisas.
Todos os caminhos levam à noite,
à sua cilada de estrelas e penumbra.


Nuvens & Labirintos, Gótica, Lisboa, 2001.