[PELA CORDA FRÁGIL]
Pela corda frágil
das palavras
as mãos impacientes destes versos
descem
com um cuidado de dominicano
ao entrar na missa.
O domingo da vida veio ao meu encontro.
E eu deito-me nas pedras,
obediente
ao fogo.
Um cão. Um cão de deus.
E que não larga
nunca
as calças de Caeiro.
Verbo: Deus como interrogação na poesia portuguesa (org. de José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia), Assírio & Alvim, Lisboa, 2014.
Há 3 horas