Para o Barnabé,
primeiro e único
Um nó cego no bordado
da manhã. E a ternura
interrompida pelo desfazer
dos dias até esse olhar
depois de tudo,
onde aguardava,
cauda de fora, a morte:
passar sob a pele
(uma dor mais antiga)
a linha que já
não nos prende,
cortá-la com o último beijo,
rematar um coração
cada vez mais do avesso.
Da capo, Averno, Lisboa, 2014.