sábado, 29 de abril de 2017

ANTÓNIO BARAHONA

SÓ O SOM POR SI SÓ


Só o som por si só
fechou (em aberto) um poema
muito perto de Deus,
na ciência da ignorância
e ao relento.

Sacudo o pó da cabaia:
a viagem conti-
nua
sem distância
através do silêncio.


Só o som por si só, Alambique, Lisboa, 2017.