Venham ver sob que luzes surgem os poemas, em que leitos navegam as palavras desabridas.
Venham ver a força desta corrente na rebentação da névoa.
Se entre as duas margens conseguirem avistar o que se esconde na neblina, então vejam como tudo baila sem que um único músculo se mova.
Estranhas criaturas, Deriva, Porto, 2010.