EM TEMPO DE MISÉRIA
desço por um jardim transparente
entre lodo e hortelã
andam assistentes sociais pelo bosque
à procura de pobres
agitam contas e berlindes
acaba aqui a rédea solta, há que escolher as armas
troco à sombra do derradeiro cipreste
dois versos e um dedo
por uma noite de sono e um detonador
Resumo: A poesia em 2009 [de Glória e eternidade], Assírio & Alvim, Lisboa, 2010.
Há 3 horas