X
Nesse dia de setembro desenhei a árvore que
sustém o torso humano; os ramos
trazem a vibração de um instrumento
mantêm um som semelhante ao mover articulado
das patas de uma aranha.
Parece-me que nos últimos dias
aprendi muito em relação ao traço que ilumina
a transparência do desenho
no conflito que existe entre a
superfície da morte e a profundidade da vida.
A grafite, a tinta-da-china observa os
seus segredos e experimenta o nenhum sentimento
ao descrever o plano interior das cartilagens
a pele do mundo sob o que nos move
ardentemente.
Jardim das Amoreiras, Relógio d'Água, Lisboa, 2003.
Há 5 horas